27/09/09

OUTONO

O Outono começou e quase nem dei por isso.
Os dias continuam quentes e soalheiros.
Todos os anos faço uma homenagem à minha estação do ano preferida.
É uma estação lindíssima para quem gosta de fazer fotografia.
A cor do céu, mais transparente.
As folhas, do amarelo ao alaranjado cor de ferrugem.
Um ciclo que se renova. Aos poucos sente-se no ar a chegada do Outono.
Eu vou começando a senti-lo por dentro. A nostalgia começa a invadir-me.
Gosto das cores e dos cheiros do Outono.

O Outono é sem dúvida a estação dos poetas.
Ontem tive conhecimento que fui premiada com uma "Menção Honrosa" por uma poesia que fiz e o júri achou que merecia esse louvor.
Fui agradavelmente surpreendida.
Os encantos do outono são únicos...
Adoro Setembro.
Este ano tem sido um Setembro em cheio, muito sucesso na minha vida, tanto com as exposições, bem como com a minha humilde escrita.
O meu "ego" está lá bem no alto.
No Outono as cores ficam mais intensas.
Vamos agarrar o sol e tentar conservá-lo o ano inteiro...pelo menos dentro do peito!
O Outono traz alguma paz e a calma necessária para o regresso à rotina da vida.
Não sei pintar, mas se fosse pintora usaria as cores ocres do Outono para fazer uma bela aguarela.
Apenas me dedico a fazer fotografia e ofereço-vos estas 2 fotos minhas captadas na mata de Alvalade.

24/09/09

FLOR DE INFESTA


Foi "AQUI" que estive todo o dia de sábado passado - 19 de Setembro, desde as 9h 30m da manhã até às 21h, com um pequeno intervalo para almoçar (depois retomámos os trabalhos) e ausentei-me para tomar banho e mudar de roupa.
Não sei como poderei agradecer à "pessoa" que esteve comigo incansavelmente a montar a Exposição, são actos que não podem ser pagos de forma justa, não há dinheiro que pague. Foi um dia muito cansativo, mas ao mesmo tempo muito feliz e proveitoso, jamais esquecerei. Eu já tinha montado 2 exposições que demoraram no máximo 2 horas, desta vez foram 6 horas de trabalho, mas ficou bonito e as palavras de quem visitou encheram-me de alegria, a mim e à pessoa que esteve comigo todo o dia. Pude agradecer-lhe "ali" publicamente, quando o Sr. Presidente do "Flor de Infesta" pediu-me umas palavrinhas para fazer o brinde.

O convite, que fiz a dezenas de pessoas, bloggers na sua maioria, para a exposição, não era apenas para o dia da inauguração, mas sim para todo o tempo em que está aberta ao público - ou seja, até dia 2 de Outubro - 6ª feira.
O tempo voa!
Sei bem as distâncias entre dois pontos no Mundo, seja de norte a sul ou do oeste para este, mas...isso não é desculpa..quando se quer e se gosta as distâncias tornam-se pequenas.
Acredito que os tempos estão complicados, mas garanto-vos que é uma excelente oportunidade para ver algo diferente: outra cultura, outro povo, imagens de quem esteve lá no terreno.
Agradeço a todos "os votos de sucesso", não é isso que me interessa neste momento, mas sim "PARTILHAR" com quem possivelmente nunca irá fazer essa viagem. Já existem mais 2 convites para expôr, mas no Norte não, (quero dizer - longe de casa) pois só eu e Deus sabemos o quão desgastante foi...e, se as pessoas não aderem, não se justifica todo o meu esforço.

Recebi esta mensagem de um "Amigo" da Blogosfera: ..."Nesse momento tinha acabado de ver a tua exposição em S. Mamede. No sábado não pude ir à inauguração, porque...Mas estive lá hoje ( até tirei umas fotos - envio-te três, como amostra) e tive oportunidade de ver, com calma os teus trabalhos. Gostei bastante. Deixei, aliás, umas palavras, no livro da exposição, que traduzem aquilo que senti. Ao mesmo tempo, pretendem ser um incentivo para que continues a fotografar, pois tens gosto, técnica e sensibilidade...."
É maravilhoso receber palavras tão simpáticas e de apoio, bem como incentivo. Estou receptiva a críticas construtivas para com elas poder aprender a melhorar o meu desempenho.

Termino dizendo-vos, do fundo do coração, que:
Ficarei muito feliz se lá forem, deixem umas palavrinhas no livro que está à entrada.

13/09/09

EXPOSIÇÃO FOTOGRAFIA - ÍNDIA


Caros amigos,
Convido-vos para a inauguração da minha exposição de fotografia no dia 19 de Setembro (sábado) pelas 19:00 horas.
Todas as imagens da minha autoria que me deram bastante prazer em preparar para vós.
A várias pessoas devo a vontade de concretizar este projecto, através de palavras simpáticas de incentivo e força, não descurando toda a minha garra.
De início pude contar com a ajuda do meu Padrinho Nuno; desta vez foi "alguém" do norte que me fez o desafio e, tudo começou assim:
Sight Xperience deixou um comentário "FOTOS DA EXPOSIÇÃO": É lindo presenciar o desabrochar de uma flor, neste caso Tulipa! A realização de uma exposição fotográfica própria e com esta envergadura, é sem sombra de dúvida um belo desabrochar! Parabéns. Já tinha deixado um comentario, aquando da abertura da exposição...agora que está a decorrer, continuo com pena de não a ver! Que tal uma exposição por cá (Porto)...eu ajudo a encontrar localização!
ORA BEM...nem pensei duas vezes e comecei logo a tratar do assunto.
Muitos outros comentários me deram força para prosseguir:
Nuno de Sousa deixou um comentário "FOTOS DA EXPOSIÇÃO": E repito o que disse: Parabéns Ester tens aqui uma exposição fantástica, num belo local, onde a cor, a alegria e a beleza impera... fiquei satisfeito com o que vi e só tenho de te dar os parabéns pelo teu olhar fotográfico. Tens fotografias de encher o olho e textos com descrições notáveis do que ali viveste. A minha preferida já sabes qual é. Venha a próxima.Nuno de Sousa
Adorei ver essa exposição ao vivo e tirar umas fotos para mais tarde relembrares dessa tua exposição minha afilhadinha :-)Estás de parabéns. Bjs em ti e até à próxima exposição,Nuno
Rogéryo de Sá deixou um comentário"À Descoberta da Índia ao Ritmo dos Sentidos" : É estranho ver em Portugal uma pessoa entusiasmada com o que faz, com o que fez, consciente e orgulhosa da sua qualidade, sem invectivar ou invejar terceiros. É estranho ver em Portugal uma pessoa feliz que não o esconde com receio do mau olhado. É estranho ver tanta energia, alegria e positividade juntas. Por todas essas razões, e também porque me pôs bem disposto, os meus ardentes parabéns. E cumpre-me lastimar não poder responder à chamada. A Moita, apesar de tudo, sempre fica mais longe do que a Índia. Cumprimentos vistosa flor.
Osvaldo disse...
Olá Tulipa;Sei que será um enorme sucesso esta exposição do fotos sobre a tua viagem à India... Sei das tuas imensas capacidades na arte de bem fotografar e é bem verdade que a diversidade de temas e cores nesse país/continente, são fabulosas.Se eu estivesse agora em Portugal, não perderia esta oportunidade de visitar a exposição e ao mesmo tempo ter o prazer de conhecer pessoalmente a Tulipa e o "padrinho" Nuno, grande professor da fotografia. Bjs e muito sucesso para a exposição.Osvaldo
Miguel disse...
Ester, Votos do maior sucesso para a tua exposição e que esta seja a 1ª de muitas mais ...! Pelo que eu vi, as fotografias valem por mil palavras e estão excelentes... Leva-nos a viajar ...!Bom FDS!Bjks da M&M & Cª!
ecos de palavras disse...
Olá Tulipa, Parabens pelo dignificante trabalho... o Dom para captar belas imagens, não é para qualquer pessoa... e tu és possuidora "dele".
Nuno de Sousa disse...
Bem o padrinho também está feliz por te ver assim feliz...Vão ser duas boas semanas para ti e espero em breve que se consiga outras exposições em outros lados. É uma honra ter uma afilhada como tu e com belas fotos...Vai por email mais uma surpresa. Nuno. A Sic respondeu mas apenas registou o acontecimento e que iria passar essa informação para a redacção.
ShiningMoon deixou um comentário em "ARRIBAR CAFFE":
E a visita à Moita revelou-se um verdadeiro "Momento Perfeito". Gostei da exposição. Eu consegui ler as legendas, mas o melhor foi ter o privilégio da companhia da autora, a explicar-me todos os pormenores e a revelar-me tanto sobre a Índia (e muito mais).Obrigada!Bjitos.
Sofá Amarelo deixou um comentário em "ARRIBAR CAFFE":
O fundamental neste momento é que consegues rentabilizar e divulgar o teu trabalho, o qual eu tenho a sorte de conhecer de perto.
Parabéns, a aventura continua...

06/09/09

ENIGMA - FÉRIAS

A experiência espiritual na atitude de viajar pode estar na admiração e no amor pelo lugar onde se está. Não estamos à toa naquele lugar, nem mesmo quando nos desviamos da rota e do destino antes programado. Tudo que acontece tem algum sentido. A viagem é uma forma de autoconhecimento, é participar da intensidade de seguir o curso das coisas, dos factos e dos horários de que nos apropriamos. E lá vou eu...

Entramos em Setembro e após um Agosto longo e quente, no centro de Lisboa, a trabalhar enquanto 80% da população de Portugal andava a banhos, aproxima-se uma semana de absoluto relax longe do bulício da cidade.
"Uma coisa que eu não abdico nas minhas viagens é a minha independência. Quero viajar quando eu tiver vontade e para os destinos que eu quero visitar" Viagem é sempre sinónimo de férias, de intercâmbio, de novos lugares, novas culturas, descobertas. Umas vezes longe, outras “cá dentro”.
Desta vez fico-me pelo interior do País.
Descobri a “Origem e Evolução Histórica” do local para onde pretendo “fugir” e
decidi deixar-vos este enigma para decifrar:
O actual topónimo tem origem bastante diversa que podemos classificar em dois grandes tipos de origem:
a) Origem bibliográfica/científica.
De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a origem do topónimo é o genitivo (de origem germânica) de um nome pessoal, talvez Bademundus e depois Bademondos. “... Assim relacionada com as antiguidades preditas da época luso-romana na região ter-se-á o princípio numa propriedade rústica de um Bademundus (nome ainda usado no Norte do País no século X, na forma Bademondo), na época Visigótica – uma “Bademundi” “Villa”. No antropónimo de origem, entram os dois elementos germânicos – badu (combate) e (mundis) protecção.
b) Origem popular/local.
A origem do actual topónimo foi derivado da expressão popular Vai-ao-Monte, numa referência a vários locais, entre eles uma “Elevação que se situa nas proximidades da actual Freguesia para o seu lado Noroeste, no mesmo local onde existe um povoado fortificado datado na II Idade do Ferro”. As primeiras referências documentais referentes a esta freguesia remontam, aos inícios do século XIII.
Por sua vez a instituição paroquial da freguesia deu-se no século XIV, ficando a igreja na posse do padroeiro do Arcebispo de uma cidade ali perto, no entanto o mais antigo livro de registo data de 1593 (XVI).
Na igreja primitiva data, provavelmente do século XVI-XVII contudo sofreu uma grande remodelação no século XVIII e uma outra intervenção em 1592 que lhe alteram o primitivo traço Arquitectónico. Apresenta uma fachada simples com torre quadrangular à esquerda, tem tecto em três esteiras, capela-mor em cúpula.
Nos limites territoriais desta freguesia, localizam-se importantes propriedades agrícolas que, pertenceram a algumas famílias senhoriais mais importantes desta região. Esta exploração agrícola esteve na posse de algumas das principais famílias senhoriais, aparecendo referida documentalmente pela 1ª vez no ano de 1338, através de uma doação de D. Afonso IV a Pedro Afonso. D. Manuel I em 1496 concedeu carta de coutada a D. Izabel de Monroy desta mesma quinta, na qual deviam permanecer 20 humiziados. Mais tarde durante o domínio Filipino, D. Filipe III confirmou a concessão da Carta de Couto e privilégios a Lopo Vaz de Sequeira. Por sua vez, D. João V em 1722 concedeu a mercê desta Quinta a Diogo de Mendonça Corte Real, herdada fora da Lei Mental.O último registo documental de que temos (actualmente) conhecimento data do ano de 1825, através de um alvará concedido por D. João VI, confirmando, a posse desta Quinta, a D. Maria Francisca de Mendonça Corte Real, herdada com juro e fora da Lei Mental; tal como tinha acontecido, anteriormente com seu avô Diogo de Mendonça Corte Real.
De acordo, com as Memórias Paroquiais desta Freguesia inseridas no Dicionário Geográfico (1758) este Nobre, Diogo de Mendonça Corte Real, Secretário do Reino, efectuou algumas obras no edifício da supracitada Quinta nomeadamente:
- Reconstrução de um grande pátio que estava arruinado, com um portado em pedra mármore colocando-lhe por cima as suas armas.
- No lado sul da principal habitação, construiu um novo conjunto de habitações onde habitaram muitos “cazeiros”.
- Neste pátio construiu ainda um chafariz de pedra branca com duas bicas...
Deste modo, tudo parece indicar que estamos em presença de um importante conjunto de obras que aumentaram consideravelmente as edificações desta exploração agrícola, atribuindo-lhe a configuração e dimensão espacial que apresenta actualmente.
História e mais história, para quem gosta da “História de Portugal”.
Para mim, o que vai mesmo interessar são as histórias e as imagens que vou trazer, ao fim de 4 dias no “paraíso”.
Depois desta leitura (maçadora…) interessante para alguns e nem por isso para outros, fico à espera que me digam:
para onde vou?

02/09/09

SOLIDÃO


"Solidão não é falta de gente para conversar, namorar,
passear ou fazer sexo...
Isto é carência

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência
de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe
às vezes para realinhar os pensamentos ....
Isto é equilíbrio

Solidão não é o claustro involuntário que o destino
nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida.....
Isto é um princípio da natureza

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão pela nossa Alma"
(FRANCISCO BUARQUE DE HOLANDA)
(foto minha, no passeio/concurso em Maio/09)