22/10/08

PARIS - Juliette Binoche

Voltei às salas de cinema desta vez para ver um filme francês.
Do realizador d'A Residência Espanhola e d'As Bonecas Russas, Cédric Klapisch, chega "Paris", uma homenagem à mítica cidade francesa e aos seus habitantes, com alguns dos mais talentosos actores franceses, entre os quais Juliette Binoche e Romain Duris. Um parisiense adoece e começa a questionar-se sobre a morte. O seu novo estado dá-lhe um novo e diferente olhar sobre tudo o que o rodeia e as pessoas com quem se cruza. Ao sentir a morte por perto, começa a dar um outro valor à sua vida, à vida dos outros e à vida da cidade. Desde a padeira à assistente social, um arquitecto, um professor universitário, um clandestino, uma modelo - todas estas pessoas estão por Paris.
Podemos pensar que não são excepcionais, mas para cada um, a sua vida é única. Podemos pensar que os seus problemas são insignificantes, mas para eles são os mais importantes do mundo.
Um filme que me fez quase dormitar nos primeiros vinte minutos, a história demasiado parada, só que depois de eu começar a perceber a história do filme fui-me interessando e abrindo os olhos para a dura realidade. Um jovem rapaz descobre que padece de um problema no coração e a única alternativa é mesmo um transplante cardíaco - um problema que me acompanha desde há um ano a esta parte, com uma familiar minha nessa situação.
A indiferença da parte de quem o rodeia, o afastamento dos amigos ou seja daqueles que se diziam seus amigos, porque se o fossem na verdade, não se afastavam...dilema que eu estou a sentir nos ultimos 6 meses de vida, que deixará marcas negativas com toda a certeza, mas que me fez abrir os olhos e ver com quem posso contar na realidade.
Apenas a sua irmã, Juliette Binoche, se muda de bagagens e 3 filhos para sua casa e toma conta dele, faz-lhe companhia até ao fim. Organiza festas para que ele possa conviver com os «tais amigos», faz tudo para o ver feliz.
Este jovem passa a maior parte do seu dia, na varanda de sua casa e muitas vezes à janela, olhando o Mundo. Só. Tristemente só.
Mas o filme não é só tristeza nem drama, felizmente há, também, momentos de alegria e animação.


A dancer laid low by heart disease looks out of his window and finds dance in the city and the people who live in it
It was not the first time Klapisch worked with actor Romain Duris.
In Paris, Duris plays a young Parisian who might be terminally ill, and who starts to see the world differently because of the fact he might soon die. As a result he falls in love with life everywhere in the city: as lived by people as different as a baker, a social worker, a dancer, an architect, a homeless man, a university professor, a model and an illegal immigrant.
Two giants of French cinema, Juliette Binoche and Romain Duris.
Both shine a quiet confidence. She plays an uptight social worker; he’s a dancer dying of a heart condition. Their story is interweaved with a midlife crisis TV academic (Fabrice Luchini) who seduces a student by text messages; a coterie of food-market workers who fight over the same woman.
Director Cedric Klaspich takes a naturalistic tone and threads nicely through each story, allowing his camera to savour old and new sides of the city.
Death comes to some and cupid lovers in the air, while Duris lies in the back of a taxi, in a scene inspired by The Diving Bell and the Butterfly, admiring the view.

14 comentários:

Paula Raposo disse...

Não vi o filme, mas pelo enredo, é a realidade...muitos beijos.

Unknown disse...

Sim, quando a dor nos bate à porta, sentimos e vemos a vida de outra maneira.
Sei o que isso é.
Não vi o filme, mas apreciei a tua descrição.
Bj.
Eduardo

gaivota disse...

pois também não vi o filme, não tenho ido ao cinema, já nem me lembra qual o último filme que vi...
não tenho tempo!, é incrível, mas é verdade!...
mas será interesssante pela descrição...
beijinhos

poetaeusou . . . disse...

*
ainda não chegou, aqui,
irei ver,
,
conchinhas
,
*

peciscas disse...

Gosto muito de Paris e a história do filme parece bem interessante.

Zé Povinho disse...

Compreendo bem o gosto por cinema, que vem de longe, e também percebo como esta história te toca fundo.
Bom fim de semana
Abraço do Zé

José Lopes disse...

Não vi o filme mas já nem é novidade, pois não? Gosto particularmente da Juliette B..
Bom domingo
Cumps

Deusa Odoyá disse...

Olá, mimnha estimada amiga.
Obrigado por sua visita e comentários em meu cantinho.
Olhe quanto ao filme, nõ o ví, não sei se aqui no BRasil vai passar.

Amiga,Estás enganada quanto eu escrever para um amor.
Sou igual a vc. escrevo para os amigos virtuais.
Eu preencho minha solidão com minhas poesias, faço de um amor imaginário, a minha realidade dura e crua.
Tudo que eu almejo, seja real ou fantasioso, eu transfiro para o meu cantinho poético.
Amiga, as vezes a solidão é muito triste, mas temos deus no nosso coração e ele nos dá sempre o alimento que precisamos.

Amiga,abra seu coração e deixes suas fantasias tomar conta do seu seTudo na vida tem um significado e tudo tem sua hora de acontecer.
Eu, vivo uma realidade, falsa ou não.
Mas amiga, prefiro viver a minha fantasia, um sonho irreal, doque a realidade dura , e verdadeira de desilusões.
Um domingo de muita paz e luz para vc.
Que sua semana seja preenchida com as glórias dos anjos de deus.
Beijos, fé luz, paz e amor.

Sua amiga do lado de cá.

Regina Coeli.

Mário Margaride disse...

Querida amiga,

A minha presença aqui não terminou, como podes verificar estou aqui.
Apenas é impossível visitar tos os amigos, neste mundo da blogoesfera.

Nada fizeste que me ofendesse, ou que me impedisse de te visitar. Apesar de ter, de facto, alguém real que amo, continuo a presar os amigos, e tu és um desses, podes ter a certeza.
Sabes amiga! Apesar de amar alguém real, também me sinto só. Essa pessoa que amo, não pode estar junto de mim como eu queria. Passo muitos dias de solidão, podes crer.

Tenho a certeza, que irás ultrapassar esse vazio.

Sabes uma coisa! Embora tenha um palpite, não sei exactamente que é a Tulipa. Se me quiseres relembrar, manda um e-mail para este endereço: mariomargaride@gmail.com.

Um bom domingo minha amiga!

Beijinhos de ternura e carinho

Mário.

PS: vou ser mais assíduo em vir aqui à tua casinha.

Nothingandall disse...

Juliette Binoche é uma excelente (e bela acriz). Afinal não são só as crónicas sobre cinema que ficam bem escritas (também os comentários sobre futebol...) ah ah ah. Um bom domingo, com flores, sorrisos, ...poesia e cinema (pois não?).

GarçaReal disse...

Este filme ainda não vi, apesar de até apreciar o cinema francês.

Agora fiquei com curiosidade

Obrigada

Bjgrande do lago

Um carinho para ti e um sorriso :)

Anónimo disse...

Minha querida,
Agradeço a tua visita, dando-me a força que tanto necessito!

Estamos as duas no mesmo "barco"...
mas ambas não o deixaremos afundar... para num momento qualquer ( o mais breve possível, gritarmos em unissono VENCEMOS!!

Espero ver o filme que aconselhas a ver... pois, desde há 7 meses os meus passeios são de casa para o hospital e vice versa.

Um beijo de reconhecimento da

Maria.

Rosa dos Ventos disse...

Viver numa "cidade" que nem cinema tem, traz-me afastada do grande ecrã!
Deve ser um filme comovente e eu gosto muito da Binoche, além de Paris ser a cidade que me apetece sempre visitar.
Espero que a tua Pikena possa ter o seu grave problema de saúde rapidamente resolvido!

Abraço

ShiningMoon disse...

Olá!
Perdoa a minha ausência... o tempo tem passado a correr.
Com os dentinhos, ou melhor, a falta deles (eh! eh!), está tudo bem.
Obrigada.
Boa semana.
Bjitos.