Fui ao cinema - LOUCA POR COMPRAS:
Ela é uma rapariga ruiva, de vinte e cinco anos, enérgica, com um emprego mal pago numa revista de jardinagem, endividada dos pés à cabeça, com um vício descontrolado de fazer compras, e com uma devoção extraordinária pelos seus inúmeros cartões de crédito, preferindo-os aos próprios homens. Ela é Rebecca Bloomwood, a protagonista da série de best-sellers lançados por Sophie Kinsella, e também deste Louca por Compras, que resume os dois primeiros livros da autora relacionados com o tema shopaholic.
Desesperada com as contas a pagar, Rebecca consegue uma entrevista na Alette, a revista de moda para a qual desde pequena deseja escrever.
Acaba por ser contratada por uma revista de finanças e poupanças, captando a atenção do editor Luke Brandon, que vê nela a capacidade de transmitir ao público, de forma mais acessível, as questões económicas tratadas na revista. Rebecca inicia então um período de prosperidade profissional, sendo aclamada internacionalmente pela sua coluna A rapariga do lenço verde.
Não deixa de ser irónico: uma rapariga cheia de dívidas, que não consegue controlar o seu vício de gastar dinheiro em produtos que não lhe fazem falta absolutamente nenhuma, a dar conselhos a todo o mundo sobre como poupar dinheiro. É como se as duas mulheres, a Rebecca jornalista e a Rebecca shopaholic, fossem duas pessoas totalmente diferentes. E o mais curioso é que Luke Brandon acaba por se apaixonar pela rapariga detrás da mala Gucci e das botas de couro italiano, a rapariga moderna, inteligente, sincera e divertida que tem vindo a conhecer: um pouco das duas.
O tom de magia do filme chega até a pôr os manequins das lojas a falar, a tentar convencer Rebecca a comprar produtos, a aplaudi-la quando ela consegue resistir-lhes. Rebecca poderia ser uma rapariga feliz, completa, com uma vida perfeitamente normal. Mas o vício de comprar tudo o que lhe aparece à frente, de aproveitar todas as promoções das marcas mais dispendiosas, de gastar dinheiro pelo simples prazer de observar o cartão de crédito a deslizar na caixa registadora, dão-lhe apenas uma felicidade momentânea, que oferece a necessidade psicológica de repetir todo o procedimento.
E Rebecca torna-se uma rapariga cheia de roupas, cheia de sofisticação, mas insatisfeita com o que tem e, mais do que isso, cheia de dívidas para pagar. Pretende, a todo o custo, esconder este facto do seu sucesso recente, mas o passado acaba sempre por vir à superfície. Estamos a falar de alguém que gasta cerca de mil dólares por semana só em compras de roupa, que nem sequer tem dinheiro para pagar a renda de uma apartamento que divide com uma amiga, e que passa os dias a fugir do cobrador de impostos, que receia enfrentar. É algo que pode ser fácil de compreender para todas as mulheres (e alguns homens, também) que sentem o mesmo ao olhar para uma montra ou ao tocar num tecido; mas é igualmente algo incompreensível para alguém que não se deleita assim tanto com fazer compras. O mundo em que vivemos, infelizmente, está a tornar-se cada vez mais consumista, e pessoas como Rebecca Bloomwood cada vez mais frequentes em cada esquina.
De realçar a interpretação enérgica e fabulosa de Isla Fisher, num papel que lhe parece encaixar na perfeição, e que talvez constitua a principal atracção do filme. Encarna a personagem com uma vivacidade incrível, e nos momentos românticos parece saída de um conto de fadas, juntamente com Hugh Dancy, que comporta a faceta de príncipe encantado adquirida em Ella Encantada. Louca por Compras vale pela sua frescura, pela realidade, pela própria história, se tivermos em conta o final mais harmonioso, previsível mas apreciável, no qual Rebecca se apercebe de que o seu vício por compras, se calhar, não lhe traz a felicidade que deseja. A realização de P. J. Hogan é também moderna e original, apesar de subtil, e mostra Nova Iorque como a cidade da moda e da sofisticação. O que tanto a autora como o realizador fizeram foi tornar o vício de Rebecca, e as suas tentativas hilariantes de esconder o passado, uma forma de diversão. O filme tem sido criticado negativamente por utilizar o distúrbio psicológico para fazer comédia, mas a forma como o trata torna-se bastante aproximada da realidade, conjugando-o com a personalidade peculiar de Rebecca.
Como filme em si, Louca por Compras é puro entretenimento, com um humor acessível, não tanto inteligente, mas ainda assim fresco e apreciável. Por outras palavras, dão-se umas boas gargalhadas com as trapalhadas da protagonista, ao som de Rehab, de Amy Whinehouse. É uma produção moderna, verdadeiramente divertida, com um romance inevitável à mistura, que mostra os dramas de uma rapariga que sabe que não pode gastar mais dinheiro, mas ainda assim continua a gastá-lo. Como tema, não traz nada de novo ao panorama do cinema. Temos em Carrie Bradshaw, de O Sexo e a Cidade, o melhor exemplo de uma shopaholic em Nova Iorque. Ao mesmo tempo, este Louca por Compras relembra o também agradável O Diabo Veste Prada, numa inversão de personalidades entre a personagem de Anne Hathaway e a Rebecca de Isla Fisher. Não é um filme para ver duas vezes, muito menos se o que se procura é um bom filme para mastigar durante dias e dias. Mas como entretenimento, a fórmula é eficaz. É isso que eu preciso - puro entretenimento!!!
Texto retirado daqui:
http://revistaredcarpet.com/?p=4926#comments
18 comentários:
uma história para dsitrair a cabeça... enquanto se assistem a estas loucuras, não temos que pensar nas nossas!
bom domingo
beijinhos
Puro entretenimento feminino ...!?
Mas concordo que seja um filme relaxante e algo pedagógico ...!
BOM FDS!
Bjks da M&M & Cª!
Não vi o filme mas o tema parece atractivo.
Certos indivíduos, propensos a depressões, só se sentem felizes como compradores compulsivos, bem sei que não é o caso pelo que li, este caso consiste em empenhar-se cada dia mais para ser um pouco feliz.
Se te divertiste, isso é bom e positivo.
Um braço de boa amizade
Amiga, como prometi vim visitar-te. Gostei da tua estória. Escreves bem e eu gosto de te ler. Um beijinho com ternura.
O mundo em que vivemos não se apresenta em tons alegres e o seu aspecto causa mais náuseas do que alegrias, pelo que a busca de entretenimento é mais do que justificada. O Diabo Veste Prada foi um dos títulos que revi, em casa, muito recentemente, e valeu a pena.
Abraço do Zé
Fica aqui o desejo de uma linda semana vamos apreciar as pequenas coisas, pois um dia, talvez olhemos para trás e descubramos que foram essas as grandes coisas.
Beijinho prateado
SOL
Pela tua descrição, parece ser uma história leve e divertida.
E foca um problema que se vai generalizando: o vício descontrolado pelas compras.
Já conheci exemplos, bem complicados.
Li o livro há uns anos. Depois li o "louca por Compras no estrangeiro" . Gostei de ambos, mas nunca imaginei que pudesse dar filem apetecível. Vou ter de ir ver.
Tenho palavras que te procuram,
que se acendem nesta existência suave;
palavras para seguir caminhos,
para te abrir os dias;
palavras partículas de fogo
que acarinho para os momentos precisos
nos seus puros abandonos;
palavras verticais como chamas,
que te chamam na procura,
mais claras que o dia.
Com palavras de lua e de vento
invento veredas de palavras
que adoçam os silêncios
e explicam as madrugadas.
Palavras que só a ti direi.
Palavras que servem para dizer que irei voltar aos poucos á vossa companhia.
Um fim-de-semana cheio de amizade e palavras
Boa Noite
Venho aqui mencionar a todos que esta crítica, aparentemente, escrita pela "tulipa" é na verdade escrita pela Raquel Silva, redactora do site Red Carpet!
Podem confirmar aqui: http://revistaredcarpet.com/?p=4926
Não sei se a "tulipa" simplesmente copiou a crítica da Raquel Silva por concordar com a autora original ou se teve segundas intenções, seja quais forem as razões, não mencionou em lado algum que a crítica era proveniente de outra pessoa, sendo portanto este acto designado de plágio e punível por lei!
Em nome da equipa da Red Carpet e, principalmente, protegendo os interesses de uma redactora da nossa equipa, peço à autora do blog que mencione no conteúdo o facto de esta crítica ser de outra pessoa, que retire o conteúdo do blog ou que faça o que melhor entender, desde que seja explicado que este conteúdo não lhe pertence, como dá a entender!
Com os melhores cumprimentos,
Marco Almeida
Boa tarde
Começo por dizer que...detesto as pessoas que andam a bisbilhutar os blogs dos outros a fim de encontrar a mínima coisa para servir de tema de conversa estúpida.
Essas mesmas pessoas que, depois procuro chegar a elas, clicando no nome com que "falsamente" se identificam..., e o que encontro?
..."Perfil não disponível
O perfil de Blogger que solicitou não pode ser apresentado. Muitos utilizadores de Blogger ainda não decidiram partilhar publicamente os seus perfis.
Se é um utilizador do Blogger, encorajamo-lo permitir o acesso ao seu Perfil..."
É triste!!!
Ora bem...
Que direitos tem a pessoa que não se identifica legalmente, para vir exigir outros direitos legais?
Esta é a 1ª pergunta que faço a quem se intitula como
"Marco Almeida".
Pois...desde sempre escrevo no meu blog sobre cinema e "NUNCA" TIVE QUALQUER PROBLEMA por ir pesquisar na net e não específicamente aqui ou ali (entenda-se) o filme que vi; por sinal retiro excertos de alguns lugares, precisamente dos locais onde acho que escreveram o mais certo acerca do filme em questão. Daí que tanto a Sra. Raquel Silva, redactora do site Red Carpet bem como os responsáveis pelo site deveriam ficar orgulhosos por eu vos ter escolhido pela bela descrição que fizeram do filme.
Como devem saber não tenho lucros alguns por escrever o mesmo que a Sra. Raquel Silva.
Tenho as minhas dúvidas se está tudo...tudo igualzinho...mas, mesmo assim, peço aqui publicamente DESCULPAS pelo sucedido.
Lamento que este tipo de pessoas andem pela net a verificar tudo o que se escreve, para mais tarde criarem problemas a quem apenas se diverte mostrando o que está em cena, sem qualquer ganho monetário.
Muitos outros locais deveriam passar pela vossa censura e provavelmente a esses nada fazem...mas ameaçam quem é humilde de coração e alma.
Referindo-me a este parágrafo em especial:
Não sei se a "tulipa" simplesmente copiou a crítica da Raquel Silva por concordar com a autora original ou se teve segundas intenções, seja quais forem as razões, não mencionou em lado algum que a crítica era proveniente de outra pessoa, sendo portanto este acto designado de plágio e punível por lei!
Só passa pela vossa cabeça essas "segundas intenções", sendo eu uma blogger há mais de 4 anos e não ser apontada por ninguém, como quem utiliza seja o que for com "segundas intenções"...
Apenas e só concordei com a autora original.
Nesse caso muitos outros sites me viriam exigir satisfações por colocar a foto do filme, foto essa que só na net se consegue, como deve saber.
Boa Tarde "tulipa"
Eu não me escondo atrás de nada... O meu nome é realmente Marco Almeida (o seu é Tulipa?), tenho conta no blogger, que não uso, e deixei o endereço para o nosso site, portanto, se quiser saber mais sobre mim bastaria uma visita à Red Carpet, coisa que já fez para ir copiar a crítica, e até poderia enviar um email para o meu contacto pessoal! Aliás, até poderia descobrir muitas outras formas de me contactar.
Não sou obrigado a ter conta no blogger, muito menos actualizada e muito menos quando estou em tantos outros locais que basta um clique e me pode encontrar num piscar de olhos.
Mas falando do que realmente interessa, pois ao contrário de si não vim aqui arranjar qualquer tipo de discussão desnecessária por não ter uma conta actualizada no blogger (e peço desculpa a todos os que tentem ver os meus dados no blogger e não saibam usar o google ou copiar o endereço que indiquei). A Red Carpet, isto é, todo o conteúdo que criamos para o site, está protegida por direitos de autor, como pode verificar no rodapé do site.
Se clicar na imagem que lá se encontra, poderá descobrir contra o que estamos protegidos e a forma correcta de usar os nossos conteúdos. Deixo-lhe aqui o endereço que encontra na dita imagem:
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/pt/
Como pode ler, é possível "copiar, distribuir, exibir e executar a obra" contudo existem condições. Para começar, "deve dar crédito ao autor original"; depois não pode usar o conteúdo para fins comerciais, coisa que não fez por isso não há qualquer problema; e por fim, não pode "alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta" e isso foi coisa que acabou por fazer.
Mas mesmo que não tivessemos protegidos contra este tipo de coisas, há uma regra da gramática portuguesa, e mundial, que "obriga" a que um autor de algo tenha de usar aspas sempre que utilizar conteúdos que não sejam da sua autoria. Verificando, de novo, o conteúdo que escreveu, não vejo aspas no texto que copiou da Raquel Silva.
E claro que ficamos orgulhos que nos visite e que nos tenha escolhido para espelhar a sua opinião, contudo isso deve ser feito correctamente e não deixando de lado toda e qualquer indicação que não foi a autora dos conteúdos, ou da sua totalidade.
Tal como você, não temos qualquer lucro no trabalho que fazemos e gostaríamos de ver esse nosso trabalho respeitado e não cortado e retalhado como bem entender, muito menos quando não é feito correctamente, sem qualquer indicação de que foi retirado de outro lado.
Não pense que andamos atrás de quem nos menciona, porque não andamos. O nosso site faz esse trabalho sozinho e avisa-nos sempre que tal acontece, o que é óptimo pois podemos ir agradecer a todos os autores que fazem referência ao nosso site ou usam os nossos conteúdos, felizmente eles usam-nos correctamente respeitando sempre o que fazemos, não assumindo o texto como sendo deles.
Tal como disse, não teve segundas intenções ao copiar o conteúdo, e como é óbvio acredito na sua palavra, mas ao fazer as coisas como fez, nem usando aspas nem qualquer outro tipo de indicação de que a totalidade do texto não era da sua autoria, o que acabou por acontecer é que estava a plagiar outro conteúdo e a ir contra direitos de autor.
E claro que sei que determinadas fotos se conseguem através da net, mas como também deve imaginar elas são lá postas por alguém. Esse alguém costuma ter autorização para as disponibilizar para que outros as usem, desde que não as modifiquem, a não ser que permitam tais modificações. Para prevenir modificações indesejadas às imagens algumas até possuem uma "marca de água" a indicar a origem da imagem, para que você e todos nós as possamos usar sem que estejamos a esquecer quem é o "autor" original ou o local de origem da imagem.
Terminando, resta dizer que de modo algum nos importamos que use conteúdos da Red Carpet, até ficamos contentes e agradecidos que o faça, só pedimos que o faça correctamente, porque hoje somos nós, amanhã podem ser outros e podem não estar para ter qualquer tipo de conversa como nós tivemos.
Cumprimentos,
Marco Almeida
Oi Amiga,
Parabéns pela tua atitude digna e correcta. Pedir desculpa quando erramos, mesmo sem intenção de malfazer, como foi o teu caso, é digno de uma alma verdadeiramente digna e, merece registo nos dias que correm.
Ser Amigo é, sobretudo saber estar com outrém em momentos difíceis, apoiando-o ou mostrando-lhe o caminho que se julga mais correcto e, por isso, aqui estou, contigo, felicitando-te pela coragem que muito poucos têm - a nobreza de carácter que demonstraste pedindo desculpas.
Agora que tudo está esclarecido, não dês mais importância ao caso. Ele fica na tua memória como um alerta para situações futuras.
Já agora, deixa-me dizer-te que se o teu endereço de e.mail estivesse disponível no blog (e podes fazê-lo nas configurações), muito provavelmente este incidente ter-se-ia resolvido em privado, situação que, a meu ver, é sempre mais positiva.
Eu própria já quiz escrever-te sobre o caso mas não encontrei o teu endereço e.mail.
Deixo-te um grande beijo com sabor a Sol e solidário,
Maria Faia
Querida amiga
Pediste-me uma opinião. Eu dou-ta. Conheço-te o suficiente para afirmar que agiste com boa intenção. Mas erraste. Todos erramos. Mas já pediste desculpa, o que muito, muito, te honra. E já reparei que essa tua atitude foi levada em conta pela outra parte, que não te deseja mal. Assim. tudo está bem. Todos nós na vida passamos por situações que não " medimos" bem. Eu já passei por muitas. O que interessa é que aprendamos as lições do presente para não repetirmos os erros no futuro. Ponto final. A vida continua. Continua com o teu lindo blogue. Que gosto muito de visitar. Beijinhos do teu amigo.
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