A experiência espiritual na atitude de viajar pode estar na admiração e no amor pelo lugar onde se está. Não estamos à toa naquele lugar, nem mesmo quando nos desviamos da rota e do destino antes programado. Tudo que acontece tem algum sentido. A viagem é uma forma de autoconhecimento, é participar da intensidade de seguir o curso das coisas, dos factos e dos horários de que nos apropriamos. E lá vou eu...
Entramos em Setembro e após um Agosto longo e quente, no centro de Lisboa, a trabalhar enquanto 80% da população de Portugal andava a banhos, aproxima-se uma semana de absoluto relax longe do bulício da cidade.
"Uma coisa que eu não abdico nas minhas viagens é a minha independência. Quero viajar quando eu tiver vontade e para os destinos que eu quero visitar" Viagem é sempre sinónimo de férias, de intercâmbio, de novos lugares, novas culturas, descobertas. Umas vezes longe, outras “cá dentro”.
"Uma coisa que eu não abdico nas minhas viagens é a minha independência. Quero viajar quando eu tiver vontade e para os destinos que eu quero visitar" Viagem é sempre sinónimo de férias, de intercâmbio, de novos lugares, novas culturas, descobertas. Umas vezes longe, outras “cá dentro”.
Desta vez fico-me pelo interior do País.
Descobri a “Origem e Evolução Histórica” do local para onde pretendo “fugir” e decidi deixar-vos este enigma para decifrar:
O actual topónimo tem origem bastante diversa que podemos classificar em dois grandes tipos de origem:
a) Origem bibliográfica/científica.
De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a origem do topónimo é o genitivo (de origem germânica) de um nome pessoal, talvez Bademundus e depois Bademondos. “... Assim relacionada com as antiguidades preditas da época luso-romana na região ter-se-á o princípio numa propriedade rústica de um Bademundus (nome ainda usado no Norte do País no século X, na forma Bademondo), na época Visigótica – uma “Bademundi” “Villa”. No antropónimo de origem, entram os dois elementos germânicos – badu (combate) e (mundis) protecção.
b) Origem popular/local.
A origem do actual topónimo foi derivado da expressão popular Vai-ao-Monte, numa referência a vários locais, entre eles uma “Elevação que se situa nas proximidades da actual Freguesia para o seu lado Noroeste, no mesmo local onde existe um povoado fortificado datado na II Idade do Ferro”. As primeiras referências documentais referentes a esta freguesia remontam, aos inícios do século XIII.
Por sua vez a instituição paroquial da freguesia deu-se no século XIV, ficando a igreja na posse do padroeiro do Arcebispo de uma cidade ali perto, no entanto o mais antigo livro de registo data de 1593 (XVI).
Na igreja primitiva data, provavelmente do século XVI-XVII contudo sofreu uma grande remodelação no século XVIII e uma outra intervenção em 1592 que lhe alteram o primitivo traço Arquitectónico. Apresenta uma fachada simples com torre quadrangular à esquerda, tem tecto em três esteiras, capela-mor em cúpula.
Nos limites territoriais desta freguesia, localizam-se importantes propriedades agrícolas que, pertenceram a algumas famílias senhoriais mais importantes desta região. Esta exploração agrícola esteve na posse de algumas das principais famílias senhoriais, aparecendo referida documentalmente pela 1ª vez no ano de 1338, através de uma doação de D. Afonso IV a Pedro Afonso. D. Manuel I em 1496 concedeu carta de coutada a D. Izabel de Monroy desta mesma quinta, na qual deviam permanecer 20 humiziados. Mais tarde durante o domínio Filipino, D. Filipe III confirmou a concessão da Carta de Couto e privilégios a Lopo Vaz de Sequeira. Por sua vez, D. João V em 1722 concedeu a mercê desta Quinta a Diogo de Mendonça Corte Real, herdada fora da Lei Mental.O último registo documental de que temos (actualmente) conhecimento data do ano de 1825, através de um alvará concedido por D. João VI, confirmando, a posse desta Quinta, a D. Maria Francisca de Mendonça Corte Real, herdada com juro e fora da Lei Mental; tal como tinha acontecido, anteriormente com seu avô Diogo de Mendonça Corte Real.
Descobri a “Origem e Evolução Histórica” do local para onde pretendo “fugir” e decidi deixar-vos este enigma para decifrar:
O actual topónimo tem origem bastante diversa que podemos classificar em dois grandes tipos de origem:
a) Origem bibliográfica/científica.
De acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, a origem do topónimo é o genitivo (de origem germânica) de um nome pessoal, talvez Bademundus e depois Bademondos. “... Assim relacionada com as antiguidades preditas da época luso-romana na região ter-se-á o princípio numa propriedade rústica de um Bademundus (nome ainda usado no Norte do País no século X, na forma Bademondo), na época Visigótica – uma “Bademundi” “Villa”. No antropónimo de origem, entram os dois elementos germânicos – badu (combate) e (mundis) protecção.
b) Origem popular/local.
A origem do actual topónimo foi derivado da expressão popular Vai-ao-Monte, numa referência a vários locais, entre eles uma “Elevação que se situa nas proximidades da actual Freguesia para o seu lado Noroeste, no mesmo local onde existe um povoado fortificado datado na II Idade do Ferro”. As primeiras referências documentais referentes a esta freguesia remontam, aos inícios do século XIII.
Por sua vez a instituição paroquial da freguesia deu-se no século XIV, ficando a igreja na posse do padroeiro do Arcebispo de uma cidade ali perto, no entanto o mais antigo livro de registo data de 1593 (XVI).
Na igreja primitiva data, provavelmente do século XVI-XVII contudo sofreu uma grande remodelação no século XVIII e uma outra intervenção em 1592 que lhe alteram o primitivo traço Arquitectónico. Apresenta uma fachada simples com torre quadrangular à esquerda, tem tecto em três esteiras, capela-mor em cúpula.
Nos limites territoriais desta freguesia, localizam-se importantes propriedades agrícolas que, pertenceram a algumas famílias senhoriais mais importantes desta região. Esta exploração agrícola esteve na posse de algumas das principais famílias senhoriais, aparecendo referida documentalmente pela 1ª vez no ano de 1338, através de uma doação de D. Afonso IV a Pedro Afonso. D. Manuel I em 1496 concedeu carta de coutada a D. Izabel de Monroy desta mesma quinta, na qual deviam permanecer 20 humiziados. Mais tarde durante o domínio Filipino, D. Filipe III confirmou a concessão da Carta de Couto e privilégios a Lopo Vaz de Sequeira. Por sua vez, D. João V em 1722 concedeu a mercê desta Quinta a Diogo de Mendonça Corte Real, herdada fora da Lei Mental.O último registo documental de que temos (actualmente) conhecimento data do ano de 1825, através de um alvará concedido por D. João VI, confirmando, a posse desta Quinta, a D. Maria Francisca de Mendonça Corte Real, herdada com juro e fora da Lei Mental; tal como tinha acontecido, anteriormente com seu avô Diogo de Mendonça Corte Real.
De acordo, com as Memórias Paroquiais desta Freguesia inseridas no Dicionário Geográfico (1758) este Nobre, Diogo de Mendonça Corte Real, Secretário do Reino, efectuou algumas obras no edifício da supracitada Quinta nomeadamente:
- Reconstrução de um grande pátio que estava arruinado, com um portado em pedra mármore colocando-lhe por cima as suas armas.
- No lado sul da principal habitação, construiu um novo conjunto de habitações onde habitaram muitos “cazeiros”.
- Neste pátio construiu ainda um chafariz de pedra branca com duas bicas...
Deste modo, tudo parece indicar que estamos em presença de um importante conjunto de obras que aumentaram consideravelmente as edificações desta exploração agrícola, atribuindo-lhe a configuração e dimensão espacial que apresenta actualmente.
História e mais história, para quem gosta da “História de Portugal”.
Para mim, o que vai mesmo interessar são as histórias e as imagens que vou trazer, ao fim de 4 dias no “paraíso”.
Para mim, o que vai mesmo interessar são as histórias e as imagens que vou trazer, ao fim de 4 dias no “paraíso”.
Depois desta leitura (maçadora…) interessante para alguns e nem por isso para outros, fico à espera que me digam:
para onde vou?
15 comentários:
Vamos lá a ver...
Relaxe em Vaiamonte, para lá de Monforte - Portalegre. Talvez na Quinta dos Amarelos!
Bjs
A minha cultura não me permite responder à pergunta. Descansa e aproveita bem. Beijos.
Para onde te apetecer, contanto que esteja ao teu alcance...
Um beijo.
Olá, Tulipa!
Aqui deixo a resposta à pergunta que fez no meu blog. Como cheguei ao seu destino de férias...
Li e reli o seu post. Tanta informação deixou-me, confesso, confuso. Mas houve uma expressão que retive, "Vai-ao-monte". Só se usa no Alentejo, esse pedaço de Portugal de que tanto gosto! As suas férias seriam, portanto, no Alentejo. Só me faltava saber onde.
Queimei as pestanas à procura de uma pista em livros e blocos de apontamentos, onde vou anotando auxiliares de memória. Nada!
Mergulhei, então no Google. Pus-me a bisbilhotar reis e rainhas, princesas e príncipes, enfim, destapei realeza até dizer chega!
Zero.
Não desisti, fui tomar um café, voltei ao computar, puxei de um cigarro (pois,sou fumador militante, o que é que hei-de fazer!?)e, de repente, não mais que de repente, como diria Vinicius de Morais, perguntei ao Google se conhecia Izabel de Monroy (nome meio escondido lá no seu post/enigma). Eureka! Devo ter gritado mais alto que Arquimedes quando descobriu o princípio dos Corpos Flutuantes. Lá estava um link para "Vaiamonte - Bem-vindo a Monforte"!
Deu trabalho? Deu, sim. Admito que andei um par de horas às voltas com o seu desafio. Mas, valeu a pena!
Boas férias! Mostre, depois, as fotos da Quinta dos Amarelos.
--
PS - honrar-me-ia a sua presença no meu espaço de seguidores.
Confesso que, apesar de conhecer bem o nosso país, não tinha chegado à solução. Resta-me, agora, desejar-lhe umas boas férias
PS: Aproveito a oportunidade para agradecer a sua presença na festa do Rochedo, que muito nos honrou.
Espero que se tenha divertido!
Linda Amiga:
Um texto perfeito, fabuloso de imenso interesse e de riqueza documental pormenorizada numa investigação imensa e intensa.
Não faço a mínima ideia para onde vai, talvez, para o interior esquecido do nosso lindo e doce Portugal.
Olhe, nessa altura estarei bem longe do nosso lindo país.
Desculpe.
Está tudo programado.
No entanto, desejo-lhe uma maravilhosas férias de sonho, com sinceridade.
Com imenso respeito e estima pela seu carinho e simpatia.
Sempre a admirá-la...
pena
OBRIGADO pela sua amizade.
Bem-Haja, amiga!
pelos alentejos...
talvez!
eu vou um pouco mais longe, para outro lado, pelo mar... até aos açores!
boas férias e bom descanso
beijinhos
De facto, só por mim não chegaria lá.
Mas nestes tempos de "choque tecnológico", valha-nos S. Google.
Assim, entrei lá com "Bademundus" e cheguei,rapidamente, a Vaiamonte, concelho de Monforte.
Vais, então, para o Alentejo. Gosto muito deste pedaço de Portugal, pois quase nasci por lá.E vivi lá uma meia dúzia de anos.
Andei por aí há pouco tempo!
Abraço
Ai amiga, ainda bem que alguém já adivinhou o teu destino de férias pois ia ter um trabalhão a desvendar o mistério e duvido que chegasse lá...
Oxala´que te dê imenso prazer e disfrutes em pleno desses dias, pois mereces!
Segue um email e muitos beijinhos.
Eu sei ... mas não digo!
Espero que aproveites bem cada instante!
Beijinho.
Que te diga ...OK!
Um beijinho.
Chegaria a Alentejo, mas não mais.
Mas é um bom sítio para visitar.
Aliás, quer organizar um fim de semana com amigos e ando à procura de sítios diferentes. Envia os contactos.
PS: o blogue está muito bonito.
Belo texto para pensar!
O importante é que te sintas bem!!!
Beijo com amizade e carinho,
Boas férias - isso é o mais importante! Um abraço...
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